terça-feira, 24 de novembro de 2009

Acidente Vascular Encefálico:- Conceituação e Fatores de Risco



Pressão arterial e fumo são fatores de risco independentes para AVE, em ambos os sexos. A associação entre níveis pressóricos e risco de AVE não é linear e a pressão sistólica prediz mais AVE que pressão diastólica. Diabetes melito confere um risco relativo para AVE em torno de quatro a seis vezes. A incidência de primeiro AVE é duas vezes maior e mais precoce nos negros que brancos e não é, aparentemente, explicado por classe social. Risco de AVE é maior com anticoncepcional hormonal (ACO) de alta dosagem que os de baixa. História pessoal de migrânea associa-se com maior risco AVE isquêmico. Mulheres migranosas que usam ACO e fumo apresentaram razão de chance de 34,4 para AVE. Até 40% dos AVEs nas mulheres migranosas ocorrem diretamente de um episódio de enxaqueca. Mudança do tipo ou freqüência de migrânea
com uso de ACO, não prediz AVE. Manejo dos fatores de risco (hipertensão, fumo e hiperglicemia) reduz o riscode AVE. Mudanças nos fatores de risco explicam 71% da queda nos homens e 54%, nas mulheres da mortalidade por AVE. Ênfase continuada na promoção de estilos de vida mais saudáveis e no tratamento efetivo da hipertensão e demais fatores de risco, são essenciais para manter essa queda da mortalidade do AVE.


Leiam mais sobre o assunto em artigo PDF ...


Vídeo Youtube - Neuroanatomista relatando seu caso de AVE
Parte 1
Parte 2
Parte 3

domingo, 15 de novembro de 2009

Jovens fumantes apresentam maior risco de desenvolver Esclerose Múltipla


Jovens fumantes apresentam maior risco de desenvolver esclerose múltipla
Indivíduos que comecem a fumar antes dos 17 anos de idade podem aumentar seu risco de desenolver esclerose múltipla (EM), de acordo com os resultados de um estudo que será apresentado no Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia, de 25 de abril a 2 de maio, 2009.O estudo envolveu 87 pacientes com EM selecionados entre mais de 30.000 incluídos em um estudo maior. Os pacientes com EM foram divididos em 3 grupos: não fumantes, os que começaram a fumar antes dos 17 anos de idade, e os que começaram depois desta idade, pareados de acordo com a idade, gênero, e raça a 435 pessoas sem a doença.Os pacientes que haviam começado a fumar antes dos 17 anos de idade tinham uma probabilidade 2,7 vezes maior de desenvolver EM do que os não fumantes; os que começaram a fumar mais tardiamente não apresentavam aumento do risco de desenvolver EM. Mais de 32% dos pacientes com EM haviam começado a fumar com menos de 17 anos, comparados a 19% dos pacientes sem EM.De acordo com um dos autores do estudo, Joseph Finkelstein, MD, PhD, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, já se demonstrou que fatores ambientais têm um papel proeminente na gênese da EM, e o tabagismo é um fator ambiental que pode ser evitado.Com certeza, esta é mais uma razão para não começar a fumar.

Referências: http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=698

http://fernandabardy-neuroblog.blogspot.com/2009/03/jovens-fumantes-apresentam-maior-risco.html

Postado por Fernanda Bahadian Bardy - Neuroblog

Médica e membro efetivo da academia brasileira de neurologia

A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem

FACILITANDO A APRENDIZAGEM

Autora: Profa. Celeste Carneiro

Com as recentes pesquisas sobre o funcionamento do cérebro, a Teoria das Inteligências Múltiplas, a avaliação das aptidões cerebrais dominantes, e técnicas que foram criadas para acelerar a aprendizagem, tornou-se muito mais fácil aprender e gravar na memória o que estudamos. Psicólogos, neurologistas e pesquisadores vêm escrevendo os resultados desses estudos, esclarecendo-nos e deixando-nos entusiasmados com os resultados obtidos por quem utiliza essas técnicas.
O LADO DIREITO DO CÉREBRO
A grande maioria das pessoas foi acostumada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, baseado no raciocínio lógico, linear, seqüencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes. António Damásio, respeitado e premiado neurologista português, radicado nos Estados Unidos e com muitos trabalhos publicados, em seu recente livro O erro de Descartes, afirma que “o ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anti-cartesiano: "existo (e sinto), logo penso”.
A visão do homem como um todo, é a chave para o desenvolvimento integral do ser.
Mandala - Autora: Iraci Santana.
Utilizando mais o hemisfério esquerdo, considerado racional, deixamos de usufruir dos benefícios contidos no hemisfério direito, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global, capacidade de síntese e facilidade de memorizar, dentre outros.
Através de técnicas variadas poderemos estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades. Uma dessas técnicas consiste em fazer determinados desenhos, de forma não convencional, de modo que o hemisfério esquerdo ache a tarefa enfadonha e desista de exercer o controle total, entregando o cargo ao hemisfério direito, que se delicia com o exercício.

Veja mais:
http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/criatividade2.html

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ESTÍMULOS CEREBRAIS NA DOSE CERTA




Olá, amigos!


Estamos aqui com nova postagem, buscando deixar o blog Neurocérebro mais interessante. Ressaltamos que as postagens aqui registradas são frutos de pesquisas de diversos autores e profissionais da área da saúde.

Atualmente encontramos-nos com intensidade de estímulos que vem sobrecarregando nosso cérebro. Se formos explicar o que está acontecendo conosco, iremos iniciar nosso bate-papo com a GLOBALIZAÇÃO que ampliou nosso território do conhecimento. E as informações se aglomeram ao nosso redor. Nosso cérebro acomoda facilmente inúmeras informações, mas não suficiente para o que encontramos hoje nesso novo século.

Nesse novo tópico iremos mostrar um texto que fala sobre os estímulos cerebrais na dose certa. Foi escrito por Simaia Sampaio e discute com muita propriedade sobre o potencial do Cérebro, os estudos de neurocientistas e que a diversidade cultural do ambiente provoca mudanças no cérebro.


Texto inicial escrito por Alice Mendonça


“Como uma floresta, o cérebro está ativo algumas vezes, quieto outras, mas sempre cheio de vida. Semelhante à selva o cérebro tem regiões distintas para lidar com várias funções mentais, tais como pensar, sexualidade memória, emoções respiração e criatividade. Ambos, as plantas e animais e a rede de neurônios funcionam tanto de forma competitiva como cooperativa, respondendo aos desafios do ambiente. A lei da selva como a do cérebro é a sobrevivência.”

Gerald Edelman




Sempre tivemos uma certa curiosidade em saber como funciona “nossa cachola” mais precisamente ele, o cérebro, que é o responsável por todas as ações voluntárias tais como: falar, mexer os dedos, correr; bem como pelas ações involuntárias como a respiração, por exemplo.
Ao olharmos uma pessoa, não nos damos conta de quão importante é esta empresa cujos trabalhadores são as células nervosas que processam as informações, para que o cérebro trabalhe direitinho. Não podemos nos tornar Psicopedagogos sem ter uma noção básica sobre o cérebro já que, certamente, iremos nos deparar com situações que exigirão certo conhecimento.
Para que o cérebro desenvolva todo seu potencial é preciso que seja estimulado. Nos primeiros anos de vida esta estimulação garante o desenvolvimento das fibras nervosas capazes de ativar o cérebro e dotá-lo de habilidades.
O que pretendemos mostrar neste trabalho é a importância da estimulação na dose certa, de forma direcionada e responsável, sem os excessos a que estão expostas as crianças nos dias de hoje.
Este órgão, parecido com uma noz gigante, controla todo o nosso corpo, e é por isso que devemos dar uma atenção especial a ele, mesmo antes do nascimento, pois, existem doenças que são diagnosticadas e tratadas mesmo na vida intra-uterina como é o caso da hidrocefalia, do contrário, doenças poderão comprometer seriamente a aprendizagem do indivíduo.
Um bebê recém-nascido possui mais ou menos um quarto da massa cerebral de uma pessoa adulta. Ele já possui quase todos os neurônios que usará para o resto da vida, afinal, os neurônios, assim como nós, também crescem.
É por isso que os estímulos são importantes, porém, se forem direcionados e intencionais. Um móbile musical no berço, por exemplo, tem como objetivo desenvolver a percepção visual e auditiva do bebê. Estudos mostram que o bebê ainda no ventre da mãe já reage ao ouvir uma música e esta deve ser preferencialmente lenta tendo a intenção de deixa-lo tranqüilo. Um bebê necessita de estímulos que o ajudarão a ter um desenvolvimento normal e sadio. É importante que as pessoas conversem com o bebê, sorriam, brinquem com cores e formas diversas, o deixem explorar o ambiente ao engatinhar tirando objetos perigosos do seu alcance.
O cérebro responde bem a estímulos desde que somos criança e é na infância o período que ele funciona melhor, pois, está a pleno vapor. Aos dois anos o cérebro está em uma importante fase de evolução, portanto, é hora de falar bastante com o bebê para enriquecer seu vocabulário, já que, segundo Piaget, é nesta fase que ele começa a traduzir o pensamento em frases e a misturar as palavras segundo um processo mental lógico. Nunca é tarde para aprendermos coisas novas, porém a melhor fase para uma pessoa aprender uma segunda língua, por exemplo, é até os dez anos de idade possuindo grande chance de que o idioma seja falado sem sotaque.
O quadro abaixo mostra a idade ideal para que a criança inicie novas aprendizagens, não significando, contudo, que se ultrapassada esta fase a criança ou o adulto não terá mais condições de aprender; ela poderá aprender sim, porém, seu esforço será maior.

Períodos cruciais da infância:

Visão
0 – 2 anos

Controle emocional
0 – 2 anos

Vinculação social
0 – 2 anos

Vocabulário
0 – 3 anos
2ª língua
0 – 10 anos

Matemática e lógica
1 – 4 anos

Música
3 – 10 anos

(Begley, 1996)
Texto de Simaia Sampaio
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Vídeo do Youtube - Cérebro Humano