quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Cérebro é responsável por dores crônicas?

Dor nas costas: Uma rotina de caminhada pode ser eficaz em fortalecer os músculos abdominais e das costas e, assim, amenizar o problema

Dor lombar: se o incômodo durar mais de um ano, o cérebro pode estar mais envolvido com sua origem do que o próprio lugar lesionado (Thinkstock)
Uma nova pesquisa publicada nesta terça-feira afirma que a estrutura do cérebro de um indivíduo pode ajudar a prever se ele vai conseguir se recuperar de uma crise de dor lombar ou se ela vai se tornar crônica, podendo lhe acompanhar pelo resto da vida. O estudo, publicado na revista Pain, dá suporte à ideia de que o cérebro desempenha um papel crítico nas origens da dor crônica — mais importante que o próprio lugar dolorido —, um conceito que pode levar a mudanças na forma como os médicos tratam os pacieSegundo os pesquisadores, a dor crônica (que dura, no mínimo, mais de um ano) afeta um número cada vez maior de pacientes em todo o mundo. Só nos Estados Unidos, ela atinge cerca de 100 milhões de pessoas e custa até 635 bilhões de dólares em tratamentos. "Esse tipo de dor está se tornando um enorme fardo sobre a população. Essa pesquisa é um bom exemplo das medidas que estamos tomando para investigar esse assunto e reduzir a carga de dor crônica no futuro”, diz Linda Porter, conselheira do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, que financiou o estudo.
A dor lombar atinge a parte baixa das costas e representa 28% de todas as dores que levam os pacientes a procurar ajuda médica. Em 23% dos casos, o incômodo não some após o período de um ano, levando ao diagnóstico de uma dor lombar crônica. Os pesquisadores não sabem ao certo qual a origem do problema.
Durante muito tempo, eles pensaram que a causa poderia ser encontrada no próprio local da lesão. Mas, nos últimos anos, alguns estudos têm apontado que mudanças nas estruturas cerebrais podem ter um papel mais central no processo. "Agora, nós podemos ter encontrado um marcador anatômico para a dor crônica no próprio cérebro", afirma Vania Apkarian, professor de fisiologia da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, autor principal da pesquisa.
Substância branca — Para chegar a esse resultado, os cientistas fizeram uma varredura no cérebro de 46 pacientes que procuraram um hospital reclamando de dores lombares. A única condição é que ele não tivessem sentido nenhum tipo de dor no local por pelo menos um ano antes de procurar ajuda médica.
Durante todo o ano seguinte, os pesquisadores escanearam seus cérebros e avaliaram a intensidade de sua dor por meio de exames e questionários. Cerca de metade dos indivíduos se recuperaram em algum momento durante o período, mas a outra metade se manteve com a dor até o final do ano. Esses últimos foram classificados pelos pesquisadores como pacientes com dor lombar persistente.
Anteriormente, os mesmos cientistas já haviam mostrado que o volume de matéria cinzenta — composta pelos neurônios e suas ramificações — no cérebro dos pacientes com dores crônicas diminuiu ao longo do tempo. Dessa vez, sua intenção foi analisar a distribuição da substância branca, formada pelas extremidades dos neurônios — os axônios —e responsável pela comunicação entre as diferentes áreas do cérebro.
Como resultado, descobriram uma diferença consistente na substância branca entre os sujeitos que se recuperaram e aqueles que experimentaram a dor durante todo o ano. O núcleo accumbens e o córtex pré-frontal medial foram duas das regiões que estiveram envolvidas com a dor persistente. "Esse resultado sugeriu que a estrutura do cérebro de uma pessoa pode se predispor a uma dor crônica", diz Apkarian.
Em busca de mais dados que pudessem dar apoio à ideia, os pesquisadores compararam essas imagens cerebrais com imagens extraídas dos cérebros de outros indivíduos, que não estavam inicialmente envolvidos na pesquisa. Assim, descobriram que a estrutura da substância branca daqueles que tiveram dor persistente se assemelhava com a de indivíduos que haviam sido diagnosticados com dor crônica. Em contraste, a matéria branca dos sujeitos que se recuperaram parecia semelhante à de pessoas saudáveis.
Levando sua teoria um pouco mais adiante, os cientistas analisaram se essa diferença na estrutura da substância branca poderia ser capaz de ajudar a prever quais pacientes iriam se recuperar e quais continuariam a sentir dor. E descobriram que as imagens cerebrais podiam prever pelo menos 80% dos desenvolvimentos futuros. "Nosso estudo demonstra a noção de que certas redes cerebrais estão envolvidas com a dor crônica", diz Apkarian. "Compreender estas redes pode nos ajudar a diagnosticar melhor a dor crônica e desenvolver tratamentos mais precisos."
Fonte: Veja Abril

domingo, 29 de setembro de 2013

Novidades sobre o Cérebro: Cientistas detectam atividade cerebral em coma profundo.


Os cientistas descobriram um novo tipo de estado de coma, mais profundo do que o conhecido atualmente. Nesse novo estado, o coma está em um estágio além do marcador de morte cerebral atual — a linha reta do eletroencefalograma, que indica nenhuma atividade cerebral. No novo tipo de coma, no entanto, uma pequena atividade cerebral volta a acontecer. O estudo foi descrito no periódico médico Plos One.
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: Daniel Kroeger, Bogdan Florea e Florin Amzica

Instituição: Universidade de Montreal, Canadá, e Centro Médico Regina Maria, na Romênia

Resultado: Os pesquisadores encontraram um novo tipo de atividade cerebral no hipocampo, que ocorre em um estado de coma profundo, quando não há mais atividade na região principal do cérebro






















Os pesquisadores puderam observar essa atividade cerebral em um paciente que se encontrava em coma profundo e estava recebendo medicamentos antiepilépticos. “O médico Bogdan Florea, da Romênia, entrou em contato com nossa equipe porque observou um fenômeno inexplicável no eletroencefalograma de um paciente em coma. Percebemos que havia uma atividade cerebral, até hoje desconhecida, no cérebro desse paciente”, conta Florin Amzica, principal autor do estudo e professor da Universidade de Montreal.
Para estudar melhor o fenômeno, os pesquisadores decidiram recriar o estado do paciente em gatos, animal usado como modelo para estudos de neurologia. Com o anestésico isoflurano, induziram 26 gatos a um coma profundo, mas reversível. Os animais deixaram de apresentar atividade no córtex, região dominante do cérebro, passando a apresentar uma linha reta no eletroencefalograma. Porém, em seguida, todos apresentaram oscilações geradas no hipocampo (parte do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado), que eram transmitidas para o córtex, da mesma forma como havia sido observado no paciente.
Morte cerebral — Os autores ressaltam, no entanto, que a descoberta não significa que o conceito de morte cerebral utilizado até hoje esteja incorreto. “Pessoas que decidiram ou precisaram desligar os aparelhos de um parente não precisam se preocupar ou desconfiar dos médicos. Os critérios atuais para diagnosticar morte cerebral são muito rigorosos. Nossa descoberta pode, em longo prazo, levar a uma redefinição de critérios, mas estamos longe disso”, afirma Amzica.

Eletroencefalografia: estudo mostra que, mesmo em coma profundo, pode ocorrer atividade cerebral no hipocampo, região relacionada ao aprendizado e à memória

Potencial terapêutico — Um dos potenciais da descoberta é a possibilidade do uso terapêutico de um coma extremamente profundo. Quando alguns pacientes se encontram em condições muito severas, os médicos induzem o coma para proteger o organismo e o cérebro, até que a pessoa possa se recuperar.
Segundo Amzica, o coma mais profundo — produzido nos gatos — pode oferecer uma proteção ainda maior. Isso porque a ausência total de atividade cerebral do coma induzido pode levar à atrofia no cérebro, algo prejudicial ao paciente. Assim, um estado de coma em que uma pequena parte da atividade é mantida pode ter o efeito contrário, e ser benéfico. Ainda serão, entretanto, necessários mais estudos para que essa hipótese seja confirmada.
Fonte: Veja Abril

domingo, 7 de julho de 2013

Descoberta sobre o tratamento e a reversão da DOENÇA DE ALZHEIMER

Essa matéria foi publicada no Jornal de Notícias no dia 01 de julho de 2013.
Colocando a matéria na íntegra:

Alzheimer revertido 


pela primeira vez

Publicado em 2013-07-01


Pela primeira vez foi possível travar a doença de Alzheimer. Um grupo de investigadores canadianos recorreu a uma técnica de estimulação cerebral profunda, enviando impulsos elétricos para o cérebro dos pacientes.
A equipa de cientistas da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, deu novos passos para a descoberta de tratamentos para o Alzheimer.
O estudo foi aplicado em seis pacientes, diagnosticados com a doença há pelo menos um ano.
Os doentes receberam impulsos elétricos (130 vezes por segundo) para o cérebro através da implantação de eletrodos, colocados junto do fórnix, um aglomerado de neurônios que envia sinais para o hipocampo.
Nos pacientes com a doença, o hipocampo é uma das primeiras regiões a encolher e revela os primeiros sintomas: perda de memória e desorientação.
Para além disso, vários exames cerebrais demonstraram que o lobo temporal, onde se encontra o hipocampo, absorve muito menos glicose do que o normal, daí o mau funcionamento e consequente degradação.
Um ano depois, graças aos impulsos elétricos, não foram registrados quaisquer sinais de permanência ou até mesmo regresso da doença de Alzheimer nos seis pacientes que constituíram a amostra da investigação.
Em dois destes doentes, a deterioração da área do cérebro associada à memória deixou de encolher e, em alguns casos, até voltou a crescer.
Nos restantes quatro pacientes, o processo de deterioração desta região do cérebro parou por completo.
A redução de glicose foi também revertida e o lobo temporal voltou a funcionar corretamente.
Apesar dos resultados, os investigadores explicam que não se trata de nada definitivo. 
Assim, a equipa de Lozano está a realizar novos testes com 50 portadores da doença.


EXISTE ESPERANÇA NO FUTURO!!!

Postado por Alice Costa Melo

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Magia e os Segredos e Mistérios que envolvem o Cérebro - História de Carly - Autismo severo


É fantástico observar como o cérebro consegue organizar algumas situações e mantê-las sob sua direção, mesmo quando existem distúrbios ou disfunções claramente "fora do controle" humano.
Essa história que está toda contada no vídeo e não vou me deter à ela, é simplesmente um fato inédito na história da saúde, sobretudo nos déficits de intelectualidade, tão conhecido com doenças mentais.
Como analisar esse caso como uma doença mental ou mesmo o Autismo conhecido como uma Síndrome de Socialização, quando o "dono do cérebro" está vivo, "aprisionado dentro da caixa craniana" em meio à sofrimentos, dor, agitação, sensações sensoriais intoleráveis e lutando 24 horas contra isso tudo? 
E agora mostrando ciente e consciente do mundo à sua volta, conseguindo analisá-lo, responder sobre ele e criticá-lo?

Veja o vídeo e saiba como tudo aconteceu. O  pai mudou a forma de ver a filha. Não teria como ser diferente. Ela estava lá!

Fonte: Youtube

LIE TO ME - As mentiradas reveladas na linguagem corporal

Lie To Me é uma série televisiva americana que estreou na FOX em 21 de janeiro de 2009, chegando ao Brasil oito meses depois (29 de Setembro de 2009 ) no canal FOX Brasil. Em Portugal a série estreou no dia 6 de Janeiro de 2010 no canal FOX.
O seriado está sendo transmitido pela Network Ten na Austrália e pela Global TV no Canadá. No Reino Unido, a première aconteceu na primavera de 2009, no Sky.
O personagem principal, Dr. Cal Lightman (interpretado pelo ator Tim Roth), é auxiliado por sua parceira Dr. Gillian Foster (Kelli Williams), que juntos detectam fraudes, observando a linguagem corporal e as Micro expressões faciais, e usam esse talento para assistenciar na obediência às leis com a ajuda do seu grupo de pesquisadores e psicólogos. 
O personagem Dr. Cal Lightman é baseado em Paul Ekman, notável psicólogo e expert em linguagem corporal e expressões faciais. Esta série é similar a série da Lifetime TV Angela's Eyes. O trabalho científico de Paul Ekman tem sido desenvolvido em Portugal por Armindo Freitas-Magalhães.
Apesar do natural realce cinematográfico, o seriado traz uma visão científica da linguagem corporal, variando do senso comum e das abordagens alternativas ou da Programação Neurolinguística.

Abaixo poderá ser visto o vídeo promo da série:




Outro vídeo sobre os traços identificáveis de emoções básicas.
Tenham cuidado com quem estão falando,, sobretudo se tiver alguma formação em programação neurolinguística. Ele(a) vai te observar!






Fontes:

linguagemcorporal.net.br

Youtube

Wikipédia

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Diclofenaco considerado o AINH que mais leva à morte em adultos saudáveis

O anti-inflamatório não hormonal (AINH) diclofenaco foi considerado o AINH que mais frequentemente leva ao óbito em um estudo realizado na Dinamarca que avaliou dados registrados sobre mais de 1 milhão de usuários entre 1997 e 2005, rivalizando apenas com o rofecoxib (Vioxx) retirado do mercado em 2004. O uso de diclofenaco (Cataflam, Voltaren, entre outros) foi associado a um aumento de 91% no risco relativo de ataque cardíaco ou AVC fatal em adultos saudáveis, e o risco era ainda maior com doses mais elevadas. Os investigadores atribuíram este risco ao perfil de alta seletividade quanto à inibição da COX-2, semelhante ao rofecoxib. A análise calculou o risco cardiovascular para o diclofenaco, rofecoxib, celecoxib, ibuprofeno e naproxeno. O AINH com menor risco cardiovascular foi o naproxeno. Para o celecoxib, o único inibidor seletivo da COX-2 ainda no mercado, os autores disseram não ter dados conclusivos, porém ressaltaram que o celecoxib foi o único AINH estudado que não estava associado a risco excessivo de sangramento. O estudo apresenta algumas limitações, como o desenho retrospectivo (não randomizado), a ausencia de informações quanto a outros fatores de risco, como obesidade, hipertensão, tabagismo e dislipidemia, e ainda quanto à afecção que motivou o uso de AINH (que poderia por si só estar associada a um risco cardiovascular elevado). De qualquer maneira, este é apenas um de vários estudos que já obtiveram exatamente os mesmos resultados: todos os AINH estão associados a risco cardiovascular, à exceção do naproxeno. Devemos lembrar que muitos destes anti-inflamatórios são usados por tempo significativo em doses elevadas, e alguns, como por exemplo o ibuprofeno, associado neste estudo a um aumento de 29% do risco relativo de evento cardiovascular, são vendidos sem receita médica. Referência: Fosbøl, EL et al "Cause-specific cardiovascular risk associated with non-steroidal anti-inflammatory drugs among healthy individuals" Circ Cardiovasc Qual Outcomes 2010; http://circoutcomes.ahajournals.org/cgi/rapidpdf/CIRCOUTCOMES.109.861104v1.pdf http://fernandabardy-neuroblog.blogspot.com.br/2010/06/diclofenaco-considerado-o-ainh-que-mais.html